FHC chama governo de ilegítimo e pede renúncia de Dilma

Em nota publicada em uma rede social, o ex-presidente chamou o governo de ‘ilegítimo’, atacou Lula e disse que não há condições para governar
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) publicou em uma rede social uma nota na qual afirma que a presidente Dilma Rousseff está «perdendo condições de governar.» Ainda segundo FHC, Dilma deveria ter o «gesto de grandeza» de renunciar ou ter «a voz franca de que errou» e «apontar os caminhos da recuperação nacional.»
FHC, que é presidente de honra do PSDB, associou a atual situação do governo ao que aconteceu durante o governo de Fernando Collor de Mello. «O Brasil assistirá à «desarticulação crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lavajato [Operação Lava Jato]. Até que algum líder com força moral diga, como o fez Ulysses Guimarães, com a Constituição na mão, ao Collor: você pensa que é presidente, mas já não é mais».
O ex-presidente chamou o atual governo de «ilegítimo». «O mais significativo das demonstrações, como as de ontem [protestos de domingo, dia 16], é a persistência do sentimento popular de que o governo, embora legal, é ilegítimo. Falta-lhe a base moral, que foi corroída pelas falcatruas do lulopetismo [em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva]. Com a metáfora do boneco vestido de presidiário, a Presidente, mesmo que pessoalmente possa se salvaguardar, sofre contaminação dos malfeitos de seu patrono [Lula] e vai perdendo condições de governar», escreveu no Facebook.
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Mudança de opinião
Em abril passado, durante evento do Fórum de Líderes Empresarias em Comandatuba (BA), FHC era uma minoria dentro do PSDB ao afirmar que era cedo para que Dilma fosse afastada do poder. «Impeachment não pode ser tese. Quem diz se houve razão objetiva é a Justiça, é o Tribunal, é a polícia, o Tribunal de Contas. Ou houve razão objetiva ou não houve. Isso cabe à Justiça. Os partidos não podem se antecipar», afirmou na ocasião.
Ainda segundo afirmação do ex-presidente feita quatro meses atrás, «você não pode transformar o seu eventual desejo de que talvez fosse melhor um outro governo fora das regras da democracia. Vamos ter de esperar que essas regras sejam cumpridas. Qualquer outra coisa é precipitação.»
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