Comércio exterior
Beatriz Olivon
Ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante entrevista concedida em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)
O Brasil ocupa o sétimo lugar entre os países mais protecionistas do mundo, segundo levantamento da Global Trade Alert (GTA) (confira as tabelas). Segundo o estudo, o país teria um total de 84 medidas do tipo em vigor. Nesta semana, a lista cresceu – o país restringiu a importação de carros mexicanos e o vinho pode ser o próximo afetado por medidas protecionistas.
Mas não é só o Brasil que está erguendo barreiras. Na segunda metade de 2011, os números de medidas protecionistas estavam tão altos quanto logo após a crise de 2008.
Os líderes dentre os países com maior número de medidas protecionistas em vigor são a Argentina, com 192 medidas, e a Rússia, com 172. O último relatório da Global Trade Alert, de novembro de 2011, destaca o grande número de “medidas descriminatórias” implementadas no terceiro trimestre de 2011 – um total de 72 medidas, até o começo de novembro.
O número é o que mais se aproxima do primeiro trimestre de 2009 – referência, por ser o período imediatamente posterior ao estouro da crise de 2008 –, quando foram implementadas 77 medidas protecionistas no mundo (o número foi revisado posteriormente para 150, mas o mesmo deve ocorrer com a medição do terceiro trimestre de 2011).
Dentre as 77 medidas, está o plano “Brasil Maior” de política industrial. Entre as medidas do plano está a ampliação do ressarcimento de créditos aos exportadores e a redução de prazos para investigação em casos de antidumping.
“O temor de que a deterioração da economia a partir do verão de 2011 poderia levar a medidas protecionistas já é uma realidade. Não estamos lidando com hipóteses agora – tendo em vista que o protecionismo aumentou para níveis preocupantes recentemente”, afirma o relatório.
Os países mais afetados pelo protecionismo, por sua vez, por medidas implementadas desde 2008, foram a China, impactada por 487 medidas e a União Europeia, afetada por 468 medidas. O Brasil não aparece entre os países mais prejudicados. A Índia, por sua vez, juntou-se aos “10 mais” pela primeira vez. Entre os setores mais afetados pelo protecionismo, segundo a GTA, são o financeiro, agrícola, químico, metalúrgico e de equipamentos de transporte.
Os países do G20 continuam colaborando para o aumento do protecionismo, segundo a GTA. Nos três anos após a primeira reunião do G20 em Washington, em novembro de 2008, um total de 1200 medidas protecionistas foi implementada. Dessas, 781 vieram de países do G20.
Beatriz Olivon
Ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante entrevista concedida em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)
O Brasil ocupa o sétimo lugar entre os países mais protecionistas do mundo, segundo levantamento da Global Trade Alert (GTA) (confira as tabelas). Segundo o estudo, o país teria um total de 84 medidas do tipo em vigor. Nesta semana, a lista cresceu – o país restringiu a importação de carros mexicanos e o vinho pode ser o próximo afetado por medidas protecionistas.
Mas não é só o Brasil que está erguendo barreiras. Na segunda metade de 2011, os números de medidas protecionistas estavam tão altos quanto logo após a crise de 2008.
Os líderes dentre os países com maior número de medidas protecionistas em vigor são a Argentina, com 192 medidas, e a Rússia, com 172. O último relatório da Global Trade Alert, de novembro de 2011, destaca o grande número de “medidas descriminatórias” implementadas no terceiro trimestre de 2011 – um total de 72 medidas, até o começo de novembro.
O número é o que mais se aproxima do primeiro trimestre de 2009 – referência, por ser o período imediatamente posterior ao estouro da crise de 2008 –, quando foram implementadas 77 medidas protecionistas no mundo (o número foi revisado posteriormente para 150, mas o mesmo deve ocorrer com a medição do terceiro trimestre de 2011).
Dentre as 77 medidas, está o plano “Brasil Maior” de política industrial. Entre as medidas do plano está a ampliação do ressarcimento de créditos aos exportadores e a redução de prazos para investigação em casos de antidumping.
“O temor de que a deterioração da economia a partir do verão de 2011 poderia levar a medidas protecionistas já é uma realidade. Não estamos lidando com hipóteses agora – tendo em vista que o protecionismo aumentou para níveis preocupantes recentemente”, afirma o relatório.
Os países mais afetados pelo protecionismo, por sua vez, por medidas implementadas desde 2008, foram a China, impactada por 487 medidas e a União Europeia, afetada por 468 medidas. O Brasil não aparece entre os países mais prejudicados. A Índia, por sua vez, juntou-se aos “10 mais” pela primeira vez. Entre os setores mais afetados pelo protecionismo, segundo a GTA, são o financeiro, agrícola, químico, metalúrgico e de equipamentos de transporte.
Os países do G20 continuam colaborando para o aumento do protecionismo, segundo a GTA. Nos três anos após a primeira reunião do G20 em Washington, em novembro de 2008, um total de 1200 medidas protecionistas foi implementada. Dessas, 781 vieram de países do G20.