O debate entre Dilma Rousseff e Aécio Neves é um diálogo impossível entre uma candidata que renega as contribuições do passado e outro que camufla seus planos para o futuro.
A petista não reconhece as dificuldades vividas nem as contribuições plantadas no governo FHC; nem mesmo admite o óbvio parentesco entre os programas de renda criados na época e o Bolsa Família -embora tenha razão quando diga que o alcance atual do programa é incomparável.
Uma frase sua, do ano passado, resume a mensagem: “Não herdamos nada”.
Dilma não divulgou programa de governo e diz a todo momento que as escolhas do passado indicam as do futuro. Seu governo evitou o quanto pôde cortes de gastos e alta dos juros para não sacrificar os mais pobres; logo, a opção permanecerá caso reeleita.
Pelo mesmo raciocínio, Aécio fará, caso vitorioso, o mesmo que fez FHC no Planalto -ainda mais porque um presidente do Banco Central da época já foi anunciado como seu candidato a ministro da Fazenda.
O tucano aponta que a política de Dilma resultou em inflação elevada, contas públicas desequilibradas, desconfiança dos investidores e crescimento baixo. Mas sua única proposta concreta para enfrentar tudo isso é mesmo anunciar que Armínio Fraga comandará a política econômica.
Fraga consolidou sua reputação quando, em 1999, debelou uma ameaça de descontrole inflacionário com custos menores do que se previa.
Para isso, adotou de imediato uma medida impopular, lembrada até hoje pela propaganda petista: subiu os juros de 39% para 45%. Por apenas três semanas: reconquistada a confiança dos mercados financeiros, a taxa foi sendo reduzida e terminou o ano em 19%.
Evitou-se uma temida recessão profunda, mas houve, sim, sacrifícios imediatos -como uma queda visível da renda do trabalho, que ajudou o corroer a popularidade do reeleito FHC. Ali começavam as políticas de metas inflacionárias e fiscais vigentes, embora enfraquecidas, ainda hoje.
Dilma quer que Aécio explicite a intenção de adotar uma estratégia análoga. O tucano diz apenas que os tempos são outros.
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A petista não reconhece as dificuldades vividas nem as contribuições plantadas no governo FHC; nem mesmo admite o óbvio parentesco entre os programas de renda criados na época e o Bolsa Família -embora tenha razão quando diga que o alcance atual do programa é incomparável.
Uma frase sua, do ano passado, resume a mensagem: “Não herdamos nada”.
Dilma não divulgou programa de governo e diz a todo momento que as escolhas do passado indicam as do futuro. Seu governo evitou o quanto pôde cortes de gastos e alta dos juros para não sacrificar os mais pobres; logo, a opção permanecerá caso reeleita.
Pelo mesmo raciocínio, Aécio fará, caso vitorioso, o mesmo que fez FHC no Planalto -ainda mais porque um presidente do Banco Central da época já foi anunciado como seu candidato a ministro da Fazenda.
O tucano aponta que a política de Dilma resultou em inflação elevada, contas públicas desequilibradas, desconfiança dos investidores e crescimento baixo. Mas sua única proposta concreta para enfrentar tudo isso é mesmo anunciar que Armínio Fraga comandará a política econômica.
Fraga consolidou sua reputação quando, em 1999, debelou uma ameaça de descontrole inflacionário com custos menores do que se previa.
Para isso, adotou de imediato uma medida impopular, lembrada até hoje pela propaganda petista: subiu os juros de 39% para 45%. Por apenas três semanas: reconquistada a confiança dos mercados financeiros, a taxa foi sendo reduzida e terminou o ano em 19%.
Evitou-se uma temida recessão profunda, mas houve, sim, sacrifícios imediatos -como uma queda visível da renda do trabalho, que ajudou o corroer a popularidade do reeleito FHC. Ali começavam as políticas de metas inflacionárias e fiscais vigentes, embora enfraquecidas, ainda hoje.
Dilma quer que Aécio explicite a intenção de adotar uma estratégia análoga. O tucano diz apenas que os tempos são outros.
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