JULIANA SAYURI
DE SÃO PAULO
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Após ser hostilizada por trabalhadores e expositores que montavam seus estandes no Salão Internacional da Construção, em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff fez um discurso para acalmar empresários do setor.
Em uma fala de mais de 30 minutos, Dilma disse nesta terça (10) que a crise econômica é «conjuntural» e que está trabalhando para que até o fim do ano os números do país exibam sinais de recuperação.
Ao chegar no evento, Dilma foi recebida com vaias e gritos de «fora Dilma» e «fora PT». A equipe da presidente chegou a modificar o trajeto da petista na tentativa de afastá-la dos expositores e trabalhadores, mas não conseguiu. Enquanto passeava pelos estandes, a presidente foi hostilizada e ouviu gritos de «PT ladrão!» e «Eu não voto no PT».
Em seguida, se dirigiu à cerimônia de abertura do evento, onde discursou a uma plateia restrita a empresários e convidados.
«Não deixem que incertezas conjunturais determinem sua visão sobre o futuro do Brasil», disse a presidente. «Nossa economia tem fundamentos fortes e reúne todas as condições para passar para uma nova fase», afirmou em discurso.
Antes de falar, a presidente ouviu as preocupações do setor com a economia e com os impactos do escândalo de corrupção na Petrobras. Sem citar diretamente a Lava Jato, o presidente da Associação Brasileira dos Materiais de Construção, Walter Cover, disse que é preciso punir quem merece ser punido, mas também buscar uma solução «institucional» para não paralisar pequenas e médias empresas.
«Não estão vendendo por falta de confiança do recebimento [de pagamento do governo]», ele afirmou.
Foi de Cover o discurso mais crítico à atual conjuntura. Ele disse que o empresariado apoia o ajuste nas contas de forma «pragmática», mas que é «absolutamente necessário» que ao lado dessas medidas o governo busque soluções para aumentar a produtividade e a competitividade no país.
Em resposta, Dilma voltou a dizer que o país vive os reflexos da crise internacional e que absorveu os problemas da economia até o limite, dando subsídios a Estados e investimentos e desonerando setores.
«O ajuste não é um fim em si mesmo. Ele assegura a retomada da economia e do emprego», garantiu.
Jorge Araujo/Folhapress
VAIAS
A diretora da empresa Papaiz, Sandra Papaiz, 61, cujo estande foi visitado por Dilma minimizou as vaias e elogiou a coragem de Dilma em se expor em um momento de fragilidade política e baixa popularidade.
«Foram vaias, mas não foi uma algazarra», disse Sandra, que atribui as vaias à impopularidade das medidas de ajuste fiscal, mas não as relaciona a um descontentamento do setor empresarial.
«Todas as lideranças do setor [de construção civil] estavam presentes no evento. Individualmente, os empresários têm suas ideias políticas, mas o empresariado é muito pragmático. Não é de direita ou de esquerda, do PT ou do PSDB. E sabe que é preciso apresentar as questões de forma civilizada.»
Considerada a «capitã da indústria» pela própria presidente, Sandra lembra ainda a impopularidade de Dilma na capital paulista: «São Paulo é um tipo de reduto anti-PT. No fim, com tudo que está acontecendo, Dilma também teve coragem de vir à toca dos leões».
DE SÃO PAULO
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Após ser hostilizada por trabalhadores e expositores que montavam seus estandes no Salão Internacional da Construção, em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff fez um discurso para acalmar empresários do setor.
Em uma fala de mais de 30 minutos, Dilma disse nesta terça (10) que a crise econômica é «conjuntural» e que está trabalhando para que até o fim do ano os números do país exibam sinais de recuperação.
Ao chegar no evento, Dilma foi recebida com vaias e gritos de «fora Dilma» e «fora PT». A equipe da presidente chegou a modificar o trajeto da petista na tentativa de afastá-la dos expositores e trabalhadores, mas não conseguiu. Enquanto passeava pelos estandes, a presidente foi hostilizada e ouviu gritos de «PT ladrão!» e «Eu não voto no PT».
Em seguida, se dirigiu à cerimônia de abertura do evento, onde discursou a uma plateia restrita a empresários e convidados.
«Não deixem que incertezas conjunturais determinem sua visão sobre o futuro do Brasil», disse a presidente. «Nossa economia tem fundamentos fortes e reúne todas as condições para passar para uma nova fase», afirmou em discurso.
Antes de falar, a presidente ouviu as preocupações do setor com a economia e com os impactos do escândalo de corrupção na Petrobras. Sem citar diretamente a Lava Jato, o presidente da Associação Brasileira dos Materiais de Construção, Walter Cover, disse que é preciso punir quem merece ser punido, mas também buscar uma solução «institucional» para não paralisar pequenas e médias empresas.
«Não estão vendendo por falta de confiança do recebimento [de pagamento do governo]», ele afirmou.
Foi de Cover o discurso mais crítico à atual conjuntura. Ele disse que o empresariado apoia o ajuste nas contas de forma «pragmática», mas que é «absolutamente necessário» que ao lado dessas medidas o governo busque soluções para aumentar a produtividade e a competitividade no país.
Em resposta, Dilma voltou a dizer que o país vive os reflexos da crise internacional e que absorveu os problemas da economia até o limite, dando subsídios a Estados e investimentos e desonerando setores.
«O ajuste não é um fim em si mesmo. Ele assegura a retomada da economia e do emprego», garantiu.
Jorge Araujo/Folhapress
VAIAS
A diretora da empresa Papaiz, Sandra Papaiz, 61, cujo estande foi visitado por Dilma minimizou as vaias e elogiou a coragem de Dilma em se expor em um momento de fragilidade política e baixa popularidade.
«Foram vaias, mas não foi uma algazarra», disse Sandra, que atribui as vaias à impopularidade das medidas de ajuste fiscal, mas não as relaciona a um descontentamento do setor empresarial.
«Todas as lideranças do setor [de construção civil] estavam presentes no evento. Individualmente, os empresários têm suas ideias políticas, mas o empresariado é muito pragmático. Não é de direita ou de esquerda, do PT ou do PSDB. E sabe que é preciso apresentar as questões de forma civilizada.»
Considerada a «capitã da indústria» pela própria presidente, Sandra lembra ainda a impopularidade de Dilma na capital paulista: «São Paulo é um tipo de reduto anti-PT. No fim, com tudo que está acontecendo, Dilma também teve coragem de vir à toca dos leões».
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