Em visita à região de Venda Nova, em Belo Horizonte (MG), onde caminhou ao lado da população nessa quarta-feira (3), Dilma Rousseff defendeu a política de subsídios dos bancos públicos brasileiros: “É absolutamente temerário e inacreditável que alguém proponha reduzir o papel dos bancos públicos”, afirmou. Para Dilma, não há nenhum motivo para se envergonhar no fato de o governo conceder crédito à população: “Nós temos sim uma política de subsídio. E não nos envergonhamos dela – pelo contrário, acreditamos que ela viabilizou muitas conquistas e sustenta toda a estrutura produtiva desse país”.
Como exemplo, Dilma falou do Plano Safra, que, somando os créditos para o agronegócio e para a agricultura familiar, totaliza R$ 180 bilhões, e o Minha Casa, Minha Vida: “Quem ganha até R$ 1.600 por mês, a preço de mercado, jamais vai comprar uma casa que custa R$ 60 mil. Só tem um jeito dela comprar: o Tesouro Nacional meter a mão no bolso e subsidiar”, disse.
Antes da caminhada em Venda Nova, a presidenta havia comparecido à 8ª Olimpíadas do Conhecimento. Sobre o evento, Dilma comemorou o fato de que 82% dos expositores eram oriundos do PRONATEC. A formação técnica, em sua opinião, é um dos pilares da política industrial brasileira: “Um dos grandes alicerces do futuro da política industrial é a geração de inovação”, comentou. Além disso, a qualificação do trabalhador brasileiro aproxima o governo de Dilma de outra prioridade sua – a geração de empregos de qualidade: “Nós queremos que o centro da política macroeconômica seja gerar empregos de qualidade”.
Dilma ainda foi indagada sobre uma possível “política do medo” que o PT estaria aplicando sobre Marina Silva. “Não é uma questão de medo, mas de verdade”, respondeu a presidenta. Ela relembrou os repórteres que para conseguir aprovar projetos no Congresso, é necessário saber negociar – sem nunca minimizar o interesse do povo – e conquistar apoio parlamentar. “Na hora da verdade, você tem que mostrar o que vai fazer, como e com que dinheiro”, finalizou.
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