Dilma confirma intenção de usar Forças Armadas em manifestações

Dilma Rousseff disse que, se necessário, ordenará a mobilização militar foto: Iano Andrade/CB/D.A Press
A estratégia do governo para reforçar a segurança durante a Copa do Mundo vai contar com a ajuda das Forças Armadas. Ontem, a presidente Dilma Rousseff disse que, se necessário, ordenará a mobilização militar. A quantidade de homens na ruas será acompanhada de uma mudança na legislação para garantir a normalidade no Mundial. A presidente também comentou o projeto para conter os atos de vandalismo nas manifestações, que está sendo elaborado pela equipe do Planalto, e reiterou a posição do governo com relação aos mascarados. Na avaliação dela, quem cobre o rosto para se manifestar não é democrata.
Na parte estrutural, o governo injetou R$ 1,9 bilhão no reforço da segurança das 12 cidades-sede. De acordo com a presidente, o montante será destinado para coibir o vandalismo, como a depredação do patrimônio público e privado, e para coibir qualquer ação que ponha em risco a vida e a segurança física das pessoas. Parte da verba ainda será destinada à estruturação do Sistema de Comando e Controle.
“O governo está em sintonia com os estados para que possamos atuar de forma conjunta e padronizada. A Polícia Federal, a Força Nacional de Segurança Pública, a Polícia Rodoviária Federal, enfim, todos os órgãos do governo federal estão prontos e orientados para agir dentro de suas competências. Se, e quando, for necessário, nós mobilizaremos também as Forças Armadas”, afirmou Dilma em entrevista a emissoras de rádio de Alagoas.
Para atuar na segurança pública, os agentes, segundo a presidente, ficarão sob o leque de um manual de conduta, previsto para ficar pronto em março. “Nossa meta é que o Brasil disponha de um regramento unificado, que defina melhor o uso proporcional da força por parte da polícia”, explicou a presidente.

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