Petrobras coloca pedido de atenção a ativos na Argentina

Economia
Por Eduardo Rodrigues
Brasília – A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou nesta quarta-feira que a companhia tem buscado junto ao governo da Argentina uma maior proteção aos ativos da empresa no país vizinho e suas operações nos ramos de exploração, produção e distribuição. «Temos colocado, nos ambientes adequados, nosso pedido de atenção a nossos ativos», afirmou a executiva, em audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
De acordo com a executiva, a Petrobras cumpre «rigorosamente» os programas de exploração na Argentina, obedecendo às regras do país. No início do mês, o governo da província argentina de Neuquén suspendeu uma licença de exploração da Petrobras na região. Autoridade federais do país vizinho, no entanto, tentam reverter essa decisão.
Graça também reafirmou a disposição da Petrobras em aumentar os investimentos na Argentina. Na última sexta-feira, a executiva se reuniu com o ministro do Planejamento e Investimentos Públicos argentino, Julio de Vido, para debater essa possibilidade. Na ocasião, Vido também explicou a decisão do governo de Cristina Kirchner em expropriar 51% do capital da espanhola Repsol na petrolífera argentina YPF. «O modelo que a Argentina tomou é algo que não devo comentar», concluiu Graça na ocasião.
Apesar disso, ao citar a evolução dos marcos regulatórios do setor de energia e petróleo do Brasil nas últimas décadas, a presidente da Petrobrás mandou um recado cifrado a outros países – como a própria Argentina – que alteraram recentemente contratos do setor. «Não rasgaremos contratos, como acontece em outros países. Ou seja, é seguro investir em petróleo e energia no Brasil», afirmou.
Volta de etanol a 25% na gasolina
A presidente da Petrobrás também defendeu que a mistura de etanol anidro na gasolina volte ao patamar de 25%. Devido à escassez do produto em 2011, desde outubro do ano passado, o governo determinou a redução para 20%. Segundo ela, a elevação seria importante para viabilizar a entrada em operação, até 2014, de novas refinarias que estão em construção.
«O que tem que acontecer, e que deverá acontecer em sua plenitude em 2014, é o etanol. Etanol tem que chegar firme, tem que voltar a ser tudo o que ele foi, porque se tem uma coisa que a gente sabe fazer é etanol», disse Graça.
Segundo ela, mesmo com a entrada em operação das novas unidades, o Brasil ainda precisará importar gasolina. «Para que se tenha 25% do etanol na gasolina, o que tiver de importar, se importa. Se todas as refinarias estivessem operando, teríamos que comprar muita gasolina ainda. É preciso que o etanol volte», completou.
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Acerca de Nicolás Tereschuk (Escriba)

"Escriba" es Nicolás Tereschuk. Politólogo (UBA), Maestría en Sociologìa Económica (IDAES-UNSAM). Me interesa la política y la forma en que la política moldea lo económico (¿o era al revés?).

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